sábado, 13 de dezembro de 2008

Os índios Puris

Principais características e habilidades:

         Possuíam estatura baixa, entre 1,35m e 1,65m, rosto largo, nariz curto, dentes magníficos, olhos oblíquos. Tinham braços musculosos, pelo de coloração acobreada, cabelos negros e grossos, compridos e abundantes. As mulheres da tribo mediam em torno de 1,40m.
         Os puris habitavam em construções rudimentares feitas de madeiras e fibras, e cobertas de capim, palha ou casca de árvore, ou mesmo folhas de palmito ou brejaúba.
         Habitavam toda a região da Mata, eram mais pacíficos e atrasados, viviam nus e dormiam em buracos cavados na terra. Nadavam muito bem, construíam suas jangadas e atravessam qualquer rio, exceto as regiões com cachoeiras.
         Utilizavam a flecha e o bodoque como armas.
         Após o contato com os brancos, eram pagos com cachaça para que prestassem vários serviços aos mesmos, um deles era a abertura das matas.
         Acreditavam que um ser poderosíssimo e bom os acompanhava.Tinham seus "pajés" e a eles ficava a incumbência de dirigir as atividades religiosas e rituais da aldeia, cuidar dos doentes e ministrar-lhes medicamentos, transmitir aos membros as poucas lendas e tradições de sua gente.
         Acreditavam no feitiço e a eles era reputada, pelas tribos que viviam nas redondezas, a fama de grandes feiticeiros.
         Plantavam, em pequena escala, "fava mangalês", batata-doce, banana e milho. Utilizavam também em sua alimentação, cará branco, mandioca e abóbora que comiam crus ou cozidos.Apreciavam o araçá, ananás, abacaxi, goiaba, mamão e coco de vários tipos, sendo a banana, considerada por eles, fruta nobre. Para eles, o mel representava saboroso alimento.
         Da caça e da pesca dependia quase que totalmente sua sobrevivência.
         A dança era um dos divertimentos favoritos dos Puris e a eles era reputada a fama de grandes dançarinos. As danças religiosas eram realizadas em louvor ao "Sol" e aos "Astros", de preferência as "Estrelas".
         Não existiam parteiras nas aldeias, as mulheres grávidas ao pressentirem o nascimento próximo, dirigiam-se para o interior da floresta e lá, forrando o chão com folhas, davam à luz, inclusive seccionando o cordão umbilical e resolvendo por si todas as complicações que pudesse advir.
         Faziam os Puris vários objetos para seu uso, empregando a argila faziam suas panelas e enormes potes, denominados "igaçaba", onde depositavam seus mortos.Faziam também com barro cozido colheres, pratos, potes para água e outros utensílios dos mais diversos formatos.
         Os vocábulos indígenas brasileiros, em geral, são todos de característica Tupi-Guarani. Cada tribo, cada família, dispunha de dialetos próprios, porém, com a mesma origem.Os Puris não fugiam à regra e tinham seu próprio vocabulário, formando um dialeto influenciado pelos conquistadores, fossem eles portugueses, africanos ou indígenas de outras tribos.
         A morte atingia nossos índios muito cedo, eram raros os que viviam mais tempo. Tinham grande pavor da morte e procuravam evitar assistir a um falecimento dos seus. Por isso, abandonavam os velhos e enfermos no meio da selva, com o fogo aceso, alguns galhos secos de árvore, água e comida.Quando morria alguém na tribo, o sepultamento era feito imediatamente para que os maus espíritos não se apossassem do corpo. O morto, por sua vez, era amarrado e enrolado em cordas feitas de embira e logo, em seguida, era colocado em uma igaçaba que lhe serviria de túmulo, indo com ele sua flecha e seu bodoque, bem como outros objetos que possuísse.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fabiano

Sou descendente de puri e agradeço seu interesse pelo assunto, mas devo fazer uma observação: o puri é uma língua do tronco macro-jê, que é tão diferente do tupi-guarani como o português é do alemão. Sugiro que vc dê uma revisada no seu texto, tomando mais cuidado com aquilo que reproduz. Seria interessante que vc citasse suas fontes também.
Se quiser me contatar: drakoleo@yahoo.com.br

Poté kshê ximã dié (luz no teu caminho)!