sábado, 17 de janeiro de 2009

Descobrimento e Divisão de Terras

O primeiro núcleo explorativo no território do atual Estado do Rio de Janeiro foi em Cabo Frio, em 1504, quando Américo Vespúcio com trinta homens fez uma entrada através do sertão, num percurso do 250 Km aproximadamente;

Vinte e Sete anos mais tarde, após a descoberta da região do Rio de Janeiro de Américo Vespúcio, foi a vez do navegador Martins Afonso de Souza preparar sua expedição explorativa em nossas terras. Dessa expedição ele fundou a Baía de Guanabara e mandou uma equipe de 4 homens avançarem terras adentro, abrindo estradas, captando recursos para Portugal e explorando as terras.

Diversos historiadores levantam a hipótese de que essa pequena entrada teria atingido o Vale do Piabanha, onde recolheram amostras cristalinas da região hoje denominada Pedras Brancas, no Quarteirão Mosela, em Petrópolis. Como nada de precioso resultou desta entrada, não houve motivação para que a expedição penetrasse no Sertão da Serra Acima que na época, era o habitat dos índios Coroados.

O velho Caminho para as Minas Gerais era percorrido a partir de São Paulo. As custas de muito sacrifício conseguiram acesso ás ricas jazidas mineira. O intrépido bandeirante Fernão Dias, cognominado "O Montador de Cidades", considerado o primeiro desbravador da Região mineira, percorreu vales e serras, acompanhando as curvas dos Rios Tietê e Paraíba do Sul, orientando-se pelas picadas dos índios;

Na segunda metade do século XVII, a Coroa Portuguêsa determinou a construção de um caminho de "terra firme" transpondo diretamente a Serra do Mar, mais curto e seguro entre as Minas Gerais e o Rio de Janeiro, já que este era o porto oficial do embarque do ouro nas "Naus do Quinto Real”;

É neste lance de história que se vai formar a cartografia da região dos Sertões da Serra Acima, aparecendo os primeiros habitantes e suas primeiras povoações.

A responsabilidade da abertura deste Caminho Novo ficou com o capitão-mor Rodrigues Paes, filho do bandeirante Fernão Dias Paes, que se encontrava estabelecido na confluência Paraibuna, de onde governava as Minas Gerais. O início das obras se deu por volta de 1698.

Ao longo do caminho novo, os rei de Portugal fizeram várias doações de terras, das quais denominadas Sesmarias. Essas Sesmarias, acabaram desdobrando-se em Fazendas e ao redor delas alguns povoados. Petrópolis, por exemplo, começou na Sesmaria do Itamarati.

Em 1709, era criada a Capitania de São Paulo e Minas Gerais do ouro, com terras desmembradas das antigas capitanias de São Vicente e Rio de Janeiro.

O Sargento-Mor Fernando Soares Proença, natural de Santo Antônio do Macacu, fazendeiro em Suruí na Baixada Fluminense desde 1721, estabelecido com uma sesmaria no Vale do Itamarati, prontificou-se a executar o atalho do Caminho Novo pelo Vale do Rio Piabanha, indo atingir o Porto Estrela no rio Inhomirim no fundo da Bahia da Guanabara, encurtando o roteiro de Garcia Rodrigues Paes em até quatro dias de viagem. Este atalho ficou conhecido como Caminho Real das Minas Gerais e mais popularmente de Caminho da Serra da Estrela ou ainda caminho dos Mineiros.

           O caminho Novo veria a ser o cenário de importantes acontecimentos na história de nossa emancipação de Portugal. Este ­Caminho Novo seria percorrido constantemente por Tiradentes;